segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A mulher segundo De Lazzari

Não há, caro amigo, uma analogia mais sensata a existência da mulher, do que á inegável comparação frente à teoria do caos e do efeito borboleta defendida pelo Matemático Edward Lorenz, na qual o simples ato do bater de asas de uma borboleta, pode causar uma tormenta do outro lado do mundo semanas depois. Eu não sou matemático, não sou filósofo e tão pouco PhD em física, matemática, meteorologia ou biologia geral, no entanto como humano do sexo masculino e exímio apreciador da beleza feminina, posso afirmar que “quando uma mulher sacode os cabelos do outro lado do mundo, com certeza um homem irá cair de joelhos, não importa em qual lado do meridiano de Greenwich ele possa estar. Teologicamente falando, das criações de Deus, a mais perfeita é a mulher. Oriunda de uma costela de um sujeito carrancudo, chamado Adão, surgiu a mais importante e fundamental obra divina para a manutenção dos filhos de Deus e da história da humanidade como conhecemos. Na mesma proporção do angelical, nascia também a maior arma de destruição em massa do velho testamento e do novo também... Dilúvio? Estátuas de Sal? Pragas do Egito? Ninguém deve questionar os desígnios do Pai, mas em uma conversa franca com ele, eu diria: Oh Senhor, o senhor poderia ter deixado toda aquela água do dilúvio de Noé no sertão do Nordeste e nos nove milhões de quilômetros do Saara, economizado nos gafanhotos e nas feridas porque nada é mais mortal do que o sorriso e as vontades de uma mulher. Ainda sim, a mulher é um presente. E poucos sabem admirar, vivenciar a arte de se relacionar com elas. A mulher é a mais complexa das criaturas, pois se veste de ouro, perde preciosos minutos do dia em um salão de beleza (e disso caro leitor, eu entendo) sujeitando-se a golpes capilares e reações químicas com capacidade suficiente de explodir um Passat numa rua de Teerã na guerra do Petróleo, muito mais para sobrepujar a aparência de uma amiga, do que para escravizar o homem amado. Nós, os barbados, verdade seja dita, não entendemos a diferença real entre uma bolsa PRADA e uma legítima “feira Hippie BH”. Somos taxados de frios, desatentos e tantos outros apelidos que não fazem juízo da nossa pureza sentimental. Muitas vezes recebemos a alcunha de Machistas, chauvinistas. Amélia é que era mulher de verdade, segundo Mário Lago. E as meninas ficam revoltadas quando escutam esse hino da MPB. Não deveriam, pois o senhor Mario Lago estava certo. Amélia não tinha a menor vaidade, por que sabia o segredo... Segredo esse que todo bom amante, marido, noivo e namorado sabe sobre sua mulher: Não há hora de salão, plástica, botox, grife, situação financeira ou macumba que transforme a mulher no ser mais perfeito do mundo, que não seja perfeitamente sem propósito ao fato de que, a mulher fica mais linda, quando acorda com um sorriso no rosto, ou quando cede o ombro e o colo para o seu choro, o apoio para as suas palavras, a cumplicidade para os seus sonhos... Por trás de todo homem existe sim uma grande mulher. Agora... se ela sacudir os cabelos, olhar por cima dos ombros, mesmo que você ainda não a conheça... Prepare-se: em algum lugar do mundo, vai acontecer um furacão (e esse sempre tem nomes de mulher, com toda a licença poética).

Entre Camões e Mister Catra...

Talvez o caro leitor ou leitora venha a me agraciar com a alcunha de “piegas” ao termino da leitura dessa coluna, por defender que o amor fluía com mais facilidade pelas veias humanas nos tempos de nossos pais, mas antes peço encarecidamente que absorva a seguinte frase dita por um gênio do pensamento pós moderno:” Em terra que mulher venera Mister Catra, Casanova morre sozinho”. Não, jamais passaria por minha cabeça generalizar as mulheres muito pelo contrário. Agora a grande verdade é que nos tempos de nossos pais, mesmo não possuindo celulares, redes sociais e tantos outros meios que facilitam a comunicação, ações românticas ocorriam com muito mais freqüência. Sempre que posso, entre uma cerveja e um papo amigo com meu grande ponto de referência em questões afetivas, meu pai, peço a ele para contar aquela que para mim foi uma das maiores provas de amor da qual tive noticia nesses 30 invernos que abraçam minha vida: Ele comprava uma revista dessas de palavras cruzadas, fazia e depois desmanchava totalmente, atravessava a rua, e entregava a revista para minha mãe. Puro e simples. Sem dinheiro, ele e minha mãe dividiam até um pão de mel. No tempo de nossos pais, o crime mais cometido, com certeza era o furto de rosas em jardins de vizinhas idosas. Todo casal daquela época tinha tracejado em sua linda história de amor, em algum momento, uma bela espetada no dedo e uma vassourada e uma senhora fula da vida por pegar em flagrante de delito, um meliante de calça boca de sino e cabelo comprido mutilando uma roseira. Mais recentemente, nos anos finais da década de noventa, adolescência, últimos anos do colegial, ainda tropeçávamos em algum amigo grunge de camisa xadrez e cabelo na altura dos ombros segurando o violão, rompendo a noite com um sorriso no rosto por ter feito uma serenata para a namorada e ter arrancado a felicitação da sogra, e um resmungo de aprovação contrariada do sogro. Sabemos, o tempo muda, mudam-se os meios e até alguns propósitos. O que não deveria mudar jamais, é o fato de que “O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um não contentar-se de contente, é dor que desatina sem doer.” Dificilmente nesse contexto social em que o mercado de trabalho devora as melhores horas da sua vida, a minha roupa ficará “suja de lama e a cachorra ta na cama” Na quatro por quatro, a gente não zoa mais. Às vezes me pego deslocado no espaço tempo. Assumo que estou longe de ser um romântico a moda antiga, mas sei reconhecer que os métodos atuais de conquista não são mais os mesmos. Ainda no domingo à noite, passeando pelo Guarapiranga, tive um curto diálogo com duas lindas moças, uma que já conhecia, e a outra que tive o imenso prazer de conhecer. Fiz uso de uma frase, um jargão de funk: “Estou na pista pra negócio”. A moça que acabei de conhecer, mostrou-se um tanto assustada. Prontamente me justifiquei. Nessa frase, diferente dos tantos e tantas que dizem com modismo de baladas, eu quis dizer que uma relação é como administrar um negócio. Você passa toda semana no banco, quita seus impostos, traça toda uma meta e ainda se atem muito aos recursos humanos. Trate sua amada com todo o respeito formal, carinho e devoção. E um torpedo dizendo como ela é linda e especial, nunca é demais meu amigo! Afinal, o que vale mais, o uísque, o energético e o bagulho ta sério, ou um bom vinho tinto e comida italiana, luz de velas e a mulher que vai esquentar seus pés nos próximos cinqüenta anos? Você sabe em que confiar meu caro!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Soneto de repúdio

Soneto de repúdio


Agora que atormentas novamente
A calmaria inerte dos meus sonhos
Delírio que acordado me acomete
De prazer e sofrimentos enfadonhos

No entanto a euforia de saber
Desesperadamente com saudades
Faz valer cada minuto de sofrer
Que navegas somente por tempestades

Que o doce do teu choro me contenta
E que a paz desse teu sono nada passa
Desesperadamente quis a sorte

Que hoje lentamente me atormenta
Sei que a tua felicidade não me basta
Prefiro a companhia da tua morte


(De Lazzari)

domingo, 3 de outubro de 2010

um perfil diferente de texto..rs

Abandono hoje, a métrica, meus versos mais elaborados, e bebo da convencionalidade da trilha sonora da minha vida. Ecletismo musical? Nada.... apenas trechos que demarcam um novo sentido em gostar e se relacionar... de Raul a Kelly Key... Roberto Carlos a Wando... Odaír José a Zeca Baleiro....
o sentimento mais pleno, é o amor....

Basicamente sou, um pouco de cada idéia, um misto das verdades de vários artistas...

As vezes você me pergunta, porque é que eu sou tão calado?
Eu sou apenas um rapaz, latino americano sem dinheiro no banco
e prefiro ser, essa metamorfose ambulante
e quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
pois quando você vem, pra passar o fim de semana eu finjo esta tudo bem, mesmo duro ou com grana
mas se você pretende, saber quem eu sou, eu posso lhe dizer
que detalhes tão pequenos de nos dois, são coisas muito grandes pra esquecer
e sexo verbal,não faz meu estilo, palavras são erros e os erros são seus
pois todo carnaval tem seu fim, todo carnaval tem seu fim e no fim é o fim
quem é mais sentimental que eu? eu só aceito a condiçao de ter você só pra mim...
as vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois
pois você é luz, é raio e estrela e luar
e novamente, as vezes você me pergunta, quem sabe ainda sou uma garotinha?
respondo: você foi, o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci
Pare de tomar a pílula, pare de tomar a pílular
me abrace e me de um beijo, faça um filho comigo
e vc me diz: tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você....baba, olha o que perdeu, baba a criança cresceu, bem feito pra você agora eu sou mais eu!
o mama o mama o mama, eu quero ser seu, eu quero ser seu, eu quero ser seu papai...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os nomes

Os nomes

(Thiago De Lazzari)

Era pra lembrar-me de tudo
No entanto de tudo me esqueço
Como nomear o que sinto
Se encontro no fim, meu começo?
Como se chama essa dor ?
Chama-se então de meu pranto!
E no meu espanto, qual nome tem quando passa?
Chama-se então, contentamento.
Logo depois, me recordo,
Da calmaria antes da tempestade
Como se chama esse vazio?
Chama-se então, saudade
Então, ao abrir a janela, o teu sorriso já vejo
O brilho dos teus olhos, a doçura desse beijo,
Como se chama essa lógica?
Chama-se então, de delírio
Pra cada segundo sem ela,
Todo tormento que era
Como se chama essa vida?
Tem o mesmo nome que ela....

terça-feira, 22 de junho de 2010

Esse veio de um sonho que tive hj a noite

Dia 20



Nefasto, dia cinzento
E da cor do céu refletia
Por sobre aquele cortejo
Farpas de ilusão ,nostalgia
Eu quis olhar mais de longe
O caminhar tão pesado
Tem tanta gente seguindo
Mas não há ninguém a meu lado
Ouço os passos que tocam o chão
O som gorjeado dos pássaros
As preces de meus amigos
Ecoam no tempo e espaço
Resolvo me aproximar
Não há ninguém a meu lado
Eu reconheço meus primos
E moças de olhar assustado
Gente que há tempos não via
Portando olhar consternado
Ao fundo a montanha desenha
Um nefando e soturno cenário
O mármore cru refletia
A verdade do céu acinzentado
Enquanto o cortejo seguia
Eu ia de encontro aos primeiros
Tem tanta gente seguindo,
Mas não sinto ninguém a meu lado
Então de repente percebo
As mãos que seguram a urna
Na frente meu irmão e meu tio
Atrás meu pai e o vigário
então desceram a urna
meus pais choraram sentidos
e os meus amigos falavam
tem tanta gente rezando
mas não sinto ninguém a meu lado
até que enfim percebi
enquanto o caixão descia
eu percebi quem jazia
na hora em que a urna desceu
então assustado eu via
que o corpo ali, era o meu....

Até que a sanidade se vá por completo....

Até que a sanidade se vá por completo....

O mesmo movimento. Levantar o copinho, levar até a boca e disparar a pinga o mais rápido possível. Sem caretas. Ignorar o limão ou o sal, porque você não quer que seja bom, você quer ser sedado.
Na virada de uma dose de cachaça, consigo repassar toda a minha vida nos últimos 3 anos. E que belo exemplo de ser humano eu fui. Abri portas e delas saíram coisas que sequer poderia imaginar. Fiz tanta gente chorar, e tanta gente sorrir. Passei por cada coisa, tanto desaforo e tanta demagogia. Eu vi, eu fui, e cá estou. Todos os flashes da minha vida em 3 segundos.
Sentado aqui, eu vejo gente que entra no bar, que sai, vejo quem eu quero, e quem eu não quero. Vejo quem quero ver que me veja, e rezo pra não ser visto. Engraçado aonde a vida me colocou. Eu cumpri minha missão, comecei a trilhar um caminho diferente, e em uma grande reviravolta da vida, caio no mesmo lugar, pra mais 3 anos.
Aqui, eu enfrentei meus maiores desafios, tive as maiores conquistas, e hoje, especificamente hoje, vejo aquele paraíso que todos adoram se tornar meu inferno. Conheço todos os bêbados, sou conhecido por todas as vagabundas, todos os professores, por gente inteligente e gente que não deve ser gente mas se parece muito. Vejo crescer minha popularidade. Semeio o que tem de bom pra ser semeado, e na medida do possível arranco certas ervas daninhas, danadas.
Então, quando me vir sentado novamente no balcão do bar, evite comentários do tipo, nossa... esse cara bebe pinga como ninguém. Não é verdade. Quando a sanidade começa a ir embora, aqueles são 3 segundos que me fazem ver o que fiz de bom e o que fiz de mal. É uma reflexão. Vim, vi e venci. Até na derrota, você pode ser um vencedor em potencial. Quem vence a morte duas vezes, merece seu paraíso de 3 segundos.
Até que a sanidade se vá por completo...